Balanço do ano – muita criatividade e renovação

foto; Tiago Silveira

A temporada teatral de 2014, na Capital, começou em janeiro, como sempre, com a extensa e múltipla programação do Porto Verão Alegre. Ali, pode-se conhecer o trabalho do sempre criativo diretor Bob Bahlis com As mulheres que amavam Gainsbourg, a respeito do cantor francês, com uma seleção de temas gravados por ele e em torno dos quais se desenvolvia a trama dramática. Das reprises trazidas à mostra, destaco A mulher do padeiro, do francês Marcel Pagnol, na interpretação de Evandro Soldatelli, com a direção de Ramiro Silveira, um jovem diretor sul-rio-grandense que vem realizando carreira também em São Paulo.

No decorrer do mês de março, tivemos a estreia de mais um texto do dramaturgo Qorpo Santo, do século XIX, agora sob a direção de Júlio Saraiva: Hoje sou um, amanhã outro foi bastante revigorado, nesta montagem, com uma contextualização histórica vinculada ao Segundo Império e à Guerra do Paraguai que deu outra dimensão ao trabalho do escritor. Outro trabalho que chamou a atenção e destacou-se enquanto criatividade foi a ópera dramática Punch, de Christian Benvenuti. Com um tema polêmico - o envolvimento de grandes corporações internacionais com o nazismo e uma escrita profundamente renovadora -, a montagem dirigida por Alexandre Vargas marcou a cena da cidade, revigorando-a e mostrando que ainda há muito assunto em aberto para ser trabalhado na cena teatral.

No mês de abril encontramos apenas um espetáculo a ser mencionado, Sonhos impossíveis, com direção de Patrícia Silveira, que deu continuidade, assim, às suas pesquisas iniciadas ainda em Londres, prosseguindo aos estudos desenvolvidos ainda na escola do DAD.

Em maio, em compensação, tivemos o Palco Giratório do Sesc, um dos três grandes festivais que a cidade de Porto Alegre vive anualmente, reunindo tanto espetáculos de fora do Estado quanto produções locais que viajam para o interior ou podem ser revistas em nossos palcos.

Junho marcou o início das comemorações relativas a Lupicínio Rodrigues. Com roteiro e direção cênica de Arthur José Pinto, um elenco numeroso e bem preparado revisitou a biografia de Lupi, centralizando sua atenção em episódios de sua vida mais diretamente ligados à sua carreira. Outro momento interessante foi a Ópera açoriana, apresentada em plenas noites invernosas da cidade, à frente do Palácio Piratini, mas que teve muitos erros de produção e redundou em certa frustração a todos os que acorreram para assistir ao espetáculo. Enquanto isso, Inês Marocco propunha nova revisitação a Qorpo Santo, desta vez com um espetáculo chamado Louco da província, misto entre biografia dramatizada e seleção de cenas de textos escritos pelo dramaturgo considerado entre nós como precursor do absurdo.

Em julho, Luciano Alabarse propôs um espetáculo vibrante e provocador, A vertigem dos animais antes do abate, do dramaturgo grego contemporâneo Dimítris Dimitriádis, que renova a leitura da tragédia grega clássica. Aliás, a temporada de 2014 foi marcada por algumas iniciativas inesperadas, mas muito positivas, como as celebrações do Teatro Sarcáustico, dirigido por Daniel Colin. Na mostra comemorativa, que revisitou alguns dos melhores espetáculos do grupo, tivemos também a estreia de Viral, solo do próprio diretor, aqui como intérprete, que depois seguiria temporada na cidade. Outro momento interessante foi a apresentação do musical Godspell, a esperança, produzido em Canoas, com a direção de Zé Adão Barbosa e um jovem e emocionante elenco, que tocou a todos os que assistiram ao trabalho, numa única noite, no Theatro São Pedro.  Em seguida, foi a vez de Roberto Oliveira nos trazer o criativo e polêmico universo de Charles Bukowski, com Bukowski - Histórias da vida subterrânea. Aqui também tivemos uma mescla entre biografia dramatizada do escritor e algumas referências a sua obra: Roberto Oliveira viveu, não apenas o artista, quanto assinou o espetáculo que ganhou força no Teatro de Arena.

Mas o mês não terminaria sem outras novidades altamente positivas: por exemplo, a montagem da ópera Dido e Enéias, clássico do compositor Henry Purcell, que recebeu produção da Ufrgs, com direção cênica de Camila Bauer e regência de Diego Schuck Biasibetti. O fato de a obra ser resultado do trabalho conjunto dos vários departamentos da Escola de Artes da Ufrgs foi outro dado importante desta realização, que mostrou o quanto a criatividade pode ser produtiva. Um outro espetáculo teatral, A coisa no mar, baseado no texto da alemã contemporânea Rebekka Kricheldorf, na aconchegante sala do Instituto Goethe, propiciaria uma bela reflexão a respeito do egoísmo e da solidão das pessoas.

Agosto trouxe a estreia de O corcunda de Notre Dame, ousada produção do Teatro Novo, de Ronald Radde, com elenco numeroso. O diretor visitou inclusive a catedral parisiense para ambientar-se. A versão performática foi uma forte e feliz síntese do romance clássico, com excelente resultado. Outra homenagem importante ocorreu com a apresentação de Até o fim. Assinado por Zé Adão Barbosa, o texto foi uma homenagem ao ator João Carlos Castanha, que vinha de vitória em um festival internacional de cinema com uma obra sobre sua própria biografia. Aqui, entre ficção e verdade, tivemos um espetáculo emocionante e que mostrou, para quem ainda não conhecesse, toda a potencialidade de Castanha, neste caso, ator e dramaturgo, corajosamente exposto com ironia e verdade. O mês se encerrou com a estreia de A vida dele, livremente inspirado em Paul Auster, com direção de Ramiro Silveira, mais uma vez.

Setembro nos trouxe outro festival tradicional, o 21º Porto Alegre em Cena. Mas o mês reservou-nos, ainda, a curiosa e inovadora montagem de No que você está pensando?, que buscou incorporar, cenicamente, a linguagem da internet, enquanto GPS Gaza, de Camila Bauer na direção, trouxe fortes interpretações de Deborah Finnochiaro e de Sandra Dani, ainda que o roteiro dramático ficasse incompleto, segundo a avaliação que então fiz do espetáculo.

No mês de outubro tivemos um dos trabalhos mais fortes da temporada - considero-o, agora, ao fim de 2014 - o melhor espetáculo do ano, pelo tema, pela direção, pelas interpretações, pelo acabamento, enfim, por todo o conjunto de elementos que constituem um espetáculo teatral. Refiro-me a Os homens do triângulo rosa, dirigido por Margarida Peixoto, a partir de vários textos que abordam a questão da homossexualidade durante o nazismo e o modo pelo qual o tema era trabalhado nos campos de concentração.

O ano chegava a seu final, mas ainda tivemos a surpresa de O mal entendido, espetáculo de Gilberto Fonseca e Daniel Colin, que assinou igualmente a dramaturgia. O revigoramento do texto de Albert Camus foi um momento de destaque da temporada deste ano. Não podemos esquecer, ainda, Chimango, o musical, que, mais uma vez, Marcelo Restori assinou ao lado do maestro Arthur Barbosa, seu compositor, com libreto de Alpheu Godinho. Não foi um trabalho absolutamente perfeito, mas o simples fato de termos um espetáculo baseado no poema Antonio Chimango, de Ramiro Barcellos, que é um texto de referência da literatura sul-rio-grandense, trazido ao palco, merece respeito, destaque e reconhecimento. E ainda tivemos a estreia de um sensível trabalho assinado por Clóvis Massa, Fassbinder, o pior tirano é o amor, texto criado por Diones Camargo a partir de três textos menos conhecidos do próprio Fassbinder.

O ano de 2014 ainda estaria marcado pelas comemorações do centenário de Tony Seitz Petzhold, uma das criadoras da dança de Porto Alegre e que, merecidamente, foi homenageada entre nós.

Em resumo, 2014 foi um excelente ano para as artes cênicas: muitos grupos locais conseguiram ganhar editais nacionais para as suas produções; a prefeitura municipal de Porto Alegre, com o seu Fumproarte, apoiou outras tantas produções. E o resumo de tudo é que tivemos espetáculos inovadores, uma evidente renovação e dinamização da cena porto-alegrense e uma temporada de enorme vitalidade.       

Na próxima semana, quero dedicar-me a comentar os espetáculos que nos visitaram e alguns outros destaques da temporada.



ANTÔNIO HOHLFELDT 

Coluna publicada em 26/12/2014 no Jornal do Comércio 



Cena Qorposantesca ou Qorpo Patafísico



Na quarta 17 de dezembro na Travessa dos Cataventos na Casa de Cultura Mário Quintana aconteceu a apresentação do esquete CENA QORPOSANTESCA OU QORPO PATAFÍSICO, resultado da oficina homônima que teve o escritor Qorpo-Santo como referência de pesquisa no processo de criação e realizada pelo Ubando Grupo durante o segundo semestre de 2014, na Casa de Cultura Mário Quintana. O esquete é uma colagem de poesias, poemas e cenas curtas, conduzida por um Coro de Duplos de Qorpo-Santo, explorando a teatralidade de diversos fragmentos de textos que compõe a ‘Ensiqlopédia ou Seiz Mezes de Huma Enfermidade’ livro que reúne obra do autor. Depois da apresentação houve uma roda de conversa sobre o processo desenvolvido na oficina.

O Ubando Grupo foi formado em 2014, em Porto Alegre (RS), com o propósito de investigação da linguagem teatral, estreou em janeiro o espetáculo ‘Hoje Sou Hum; Amanhã Outro!’ cumprindo quatro temporadas na capital e curta circulação pelo interior do estado, desde setembro vem desenvolvendo a oficina ‘Cena Qorposantesca ou Qorpo Patafísico’, em Novembro lançou o ‘Fanzine Monomaníaco’, registro enciclopédico da deriva do Ubando, e estreou o ‘Qorpo Poético’ performance com as poesias e outros fragmentos alguns musicados e outros não, inspirados na verve literária do outsider dramaturgo em questão.

www.putadiabo.blogspot.com


CENA QORPOSANTESCA OU QORPO PATAFÍSICO

Na quarta 17 de dezembro, às 20 horas na Travessa dos Cataventos na Casa de Cultura Mário Quintana acontece a apresentação do esquete CENA QORPOSANTESCA OU QORPO PATAFÍSICO, resultado da oficina homônima que teve o escritor Qorpo-Santo como referência de pesquisa no processo de criação e realizada pelo Ubando Grupo durante o segundo semestre de 2014, na Casa de Cultura Mário Quintana. O esquete é uma colagem de poesias, poemas e cenas curtas, conduzida por um Coro de Duplos de Qorpo-Santo, explorando a teatralidade de diversos fragmentos de textos que compõe a ‘Ensiqlopédia ou Seiz Mezes de Huma Enfermidade’ livro que reúne obra do autor. Depois da apresentação haverá uma roda de conversa sobre o processo desenvolvido na oficina.
O Ubando Grupo foi formado em 2014, em Porto Alegre (RS), com o propósito de investigação da linguagem teatral, estreou em janeiro o espetáculo ‘Hoje Sou Hum; Amanhã Outro!’ cumprindo quatro temporadas na capital e curta circulação pelo interior do estado, desde setembro vem desenvolvendo a oficina ‘Cena Qorposantesca ou Qorpo Patafísico’, em Novembro lançou o ‘Fanzine Monomaníaco’, registro enciclopédico da deriva do Ubando, e estreou o ‘Qorpo Poético’ performance com as poesias e outros fragmentos alguns musicados e outros não, inspirados na verve literária do outsider dramaturgo em questão.

Ficha Técnica
Texto: Qorpo-Santo
Desorientação: Renan Leandro
Trilha sonora: Vento/Mãe Natureza, Caos/Civilização e Ruídos versão Barulhos Bacanas.
Iluminação: Astro Rei
Cenário: Majestic NaLage
Elenco por ordem aleatória:
Aline Ferraz- QS, Porteiro, mulher do Bicheiro
Ana S. Demenech- QS, Seu Barbosa, Mariposa
Arthur Haag- QS, Inesperto, Gabriel Galdino
Camila Krupp- QS, Micaela, Individuo
Fátima Zanneti Portelinha- QS, Ludovica, Major
Guilherme Pereira- QS, Simplício, Contador
Joceli Guedes- QS, Robespier, Melquiades
Lara Arena- QS, Florberta, Gonçala
Lucas Moraes- QS, O Rapaz, Malherbe
Rafael Ribeiro- QS, Zeferino, Cavalheiro


Serviço

CENA QORPOSANTESCA OU QORPO PATAFÍSICO

Dia: Quarta-feira 17 de Dezembro de 2014
Hora: Às 20 horas.
Local: Travessa dos Cataventos da Casa de Cultura Mário Quintana, Rua da Praia 736, Centro Histórico, POA, RS.

ENTRADA FRANCA


Qorpo Poético!




fotos: Haik Khatchirian


Estreiamos ontem o 'QORPO POÉTICO!', performance com as poesias e outros escritos de Qorpo-Santo, a apresentação foi dentro da programação da Quarta Cultural da Biblioteca da Fundação Sicredi.

Qorpo Poético na Quarta Cultural


As quartas-feiras em Porto Alegre estão ganhando status cult desde a estreia da Quarta Cultural, em junho deste ano, na Biblioteca da Fundação Sicredi. Além de proporcionar cultura e entretenimento ao público, o espaço também está permitindo a interatividade entre artes e os artistas. O projeto reúne trabalhos autorais e apresentações de pequeno porte ou intimistas, e é realizado através da Lei de Incentivo a Cultura do Ministério da Cultura e Governo Federal. As apresentações acontecem sempre nas quartas-feiras, às 13h, com entrada franca. Saraus e projetos literários, shows de música e exposições. E nesta quarta dia 26 de novembro a atração será o 'Qorpo Poético!', uma performance com os poemas e diversos textos encontrados no livro Ensiqlopèdia Ou Seiz Mezes De Huma Enfermidade, compêndio que reúne a obra poética de José Joaquim de Campos Leão - Qorpo-Santo. Poemas Musicados conduzem o mosaico de esquetes que compõe a performance do Ubando Grupo que vem se dedicando a investigar a teatralidade nos escritos do autor gaúcho.

Qorpo Poético! Na Quarta Cultural
Dia 26
às 13 horas
Biblioteca da Fundação Sicredi
Av Assis Brasil, 3940 – Porto Alegre/RS

ora uns ora outros

Foto: Tiago Silveira

Findamos mais uma temporada! Outras virão! Nossos agradecimentos a todas pessoas envolvidas e a todo público presente!

Julio Saraiva brilhando na Tailândia!


O diretor de 'Hoje Sou Hum; Amanhã Outro', Julio Saraiva, foi indicado para o prêmio de melhor direção, com o espetáculo "Maria Farrar" que participou no mês de novembro do Harmony World Puppet Carnival in Bangkok, na Tailândia,  foram três indicados, num festival que contou com a participação de espetáculos do mundo inteiro (oitenta países).

 worldpuppetcarnival.com


Desde 1993 As Julietas e os Metabonecos vem apresentando "Maria Farrar", espetáculo com atores e bonecos, baseado em texto do dramaturgo alemão Bertold Brecht, onde são abordados temas como: o trabalho na infância, o abandono social, gravidez na adolescência, o aborto, marginalização e as penalizações propostas pela justiça. Direção e encenação: Julio Saraiva, Atrizes manipuladoras: Debora Villanova, Elaine Regina e Graziela Saraiva, Concepção do Boneco: grupo Julietas e os Metabonecos, Confecção do Boneco: Ubiratan Carlos Gomes
Evoé! Parabéns Julio Saraiva e As Julietas e os Metabonecos!!!

ARTIGO: O bairrismo dos gaúchos e o teatro em Porto Alegre por Leandro Nunes

ARTIGO: O bairrismo dos gaúchos e o teatro em Porto Alegre

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http://ratoletrado.wordpress.com/2014/11/10/artigo-o-bairrismo-dos-gauchos-e-o-teatro-em-porto-alegre/#more-1335
Foto: Divulgação
Por Leandro Nunes
“Os gaúchos são bairristas!”. Eis é a frase do ano.
Diante do recente episódio no qual a torcedora gremista foi flagrada gritando “Ma-ca-co!” para o goleiro Aranha, do Santos, os debates sobre preconceito e xenofobia e a exploração da imagem da jovem tomaram conta dos canais e cadernos esportivos no País. Para tanto, a origem desses conflitos podem dar pistas e remontar algumas explicações há uns 150 anos, e que pode justificar, ou não, a cultura de preconceito que incita o Brasil como inimigo do Rio Grande do Sul, e vice-versa.
A frase no início do texto vem à mente, de alguma forma, quando um brasileiro visita o Sul do País. Porto Alegre escolheu manter viva e reviver sua memória, seja por meio dos monumentos nas ruas, no chimarrão, nas bandeiras espalhadas ou no engrandecimento de figuras importantes na história, como políticos e artistas. Este último pode ocorrer por meio da produção de reportagens históricas, exposições de fotografias e documentos, e a preservação de locais importantes, como se dá na Casa de Cultura Mário Quintana, que resguarda o local da antiga moradia do escritor e ainda reserva um espaço especial de arquivo histórico da cantora Elis Regina. Ainda que seja algo necessário e importante de se realizar, dada a importância das figuras e a potência de suas obras, esses espaços parecem marcar presença intelectualmente na vida dos gaúchos, muito mais em uma comparação rasa com a cidade de São Paulo, por exemplo.
Mas não é para defendê-los que o RA-TO-LE-TRA-DO escreve. É necessário resgatar alguma parte da História que ajude a explicar o que acontece entre nós. E mais uma vez, é preciso reconhecer, os gaúchos sabem fazer isso muito bem. Na lista de exemplos, está presente o trabalho do Ubando Grupo e seu primeiro espetáculo. Desde janeiro a cia segue em cartaz com a montagemHoje Sou Hum, Amanhã Outro, do poeta, jornalista e dramaturgo (gaúcho) José Joaquim Campos Leão (1829-1883), autodenominado Qorpo Santo.
O texto remonta o período da Guerra do Paraguai (1864-1870) que rendeu ao país mais de 300 mil mortos, além da destruição e embargos econômicos. Do outro lado do campo de batalha, brasileiros, argentinos e uruguaios perderam mais de 50% das tropas, além de civis. Na montagem farsesca, o grupo apresenta um rei inseguro que está temeroso por conspirações dentro de seu governo. Ironicamente, a majestade é enganada pelo seu próprio ministro. Dentro do jogo político, o tal ministro compreende que não precisa derrubar o rei, mas posicioná-lo convenientemente. Funciona como um realpolitik praticado por um mestre de natureza camaleônica.
Como resultado satisfatório, tudo muda, para que nada mude. O preço é pago em sangue, e os vencedores entoam cantos ao ritmo da música “Show das Poderosas”. Para justificar tantas perdas é preciso calar os que restaram. A solução? Elencar-se “profeta” e conceder pequenos poderes aos sobreviventes. Diga-se que há um tanto de bairrismo nos pequenos poderes. Exemplos nacionais de juízes que não admitem multas por se sentirem acima das leis ou empresários que transferem infrações de trânsito para amigos que não dirigem são rotineiros. Isso acontece no Sul, no Sudeste e no Brasil inteiro. Assim, o grupo revive no passado da obra de Qorpo Santo, o presente das nossas discussões. E não diz respeito ao quanto macacos e gremistas são diferentes, ou que corintianos são bandidos e são paulinos viados, os “invólucros de espíritos”, mas o quanto dói se reconhecer igual. Dói e mata.
Quanto ao uso pejorativo da palavra “bairrista”, eu trocaria por algo mais elogioso e necessário aos nossos dias: Monomania histórica.

Serviço:
“Hoje Sou Hum, Amanhã Outro”
Quando: Sexta, sábados e domingos, às 20h. Até 23 de novembro.
Onde: Teatro de Arena
Av. Borges de Medeiros, 835 – Porto Alegre – RS
Tel.: (51) 3226 – 02042
http://www.teatrodearena.com
Ingressos: R$ 20

Lançamento do Monomaníaco!







Fotos de Luana Rocha

Algumas fotos do Lançamento do Fanzine Monomaníaco que aconteceu no dia 07 de novembro e início da nova temporada do espetáculo Hoje Sou Hum; Amanhã Outro. no Teatro de Arena, depois da apresentação houve um bate papo com Cida Dias da Fundação Cultural Qorpo-Santo.
Nossos agradecimentos ao Teatro de Arena, Fundação Cultural Qorpo-Santo, Sylvio Ayala, Odyr Bernardi, Denise Espírito Santo, João André Garboggini, Cida Dias, ANS Gráfica.

Monomaníaco


Lançamento do FANZINE MONOMANÍACO
Nesta sexta dia 07/11 será lançada a primeira edição do FANZINE MONOMANÍACO, que nasce inspirado na investigação da Obra de Qorpo-Santo, sendo uma junção de aficionados que em diferentes tempos e espaços têm manuseado e movimentado de formas diversas a escrita criativa do outsider autor gaúcho, zine enciclopédico que responde como registro da deriva do Ubando Grupo, que vem futricando nos textos de Qorpo-Santo no desejo de joga-los em cena e da parceria com Editora Libertina através da contribuição do jornalista/artista/educador e quase um qorpo insano Sylvio Ayala. O lançamento do zine marca também o início da nova temporada do espetáculo ‘ Hoje Sou Hum; Amanhã Outro.’, no Teatro de Arena, que neste dia será seguido de bate papo com Cida Dias da Fundação Cultural Qorpo-Santo da cidade de Triunfo e terá distribuição gratuita ao público presente. Depois o zine pode ser encontrado na bilheteria do teatro durante a temporada.
O que - Lançamento do FANZINE MONOMANÍACO
Quando - 07 de Novembro
Horário - 20 horas
Onde - Teatro de Arena, Av. Borges de Medeiros 835, Altos da Escadaria, Centro Histórico.

                                                         http://oraunsoraoutros.wix.com/ubandogrupo

Dia 07.11 Tem lançamento do fanzine Monomaníacos Tem Hoje Sou Hum Tem bate-papo!! VEM!!



Cena Qorposantesca ou Qorpo Patafísico!

"Transposto para os textos dramáticos, o inconformismo latente na vida de Qorpo-Santo
transformava-se na saudável libertinagem com que o autor tratara os cacoetes do teatro
brasileiro do século XIX, sempre tão bem ajeitado e arrumado em seus enredos lógicos, em suas frases de efeito, em seu moralismo marcante, permitindo-se, de vez em quando, e sem grandes ofensas, um riso mais solto ou algumas lágrimas em excesso. Em lugar disso, Qorpo-Santo apresentava peças em que os enredos não tinham pé nem cabeça; a linguagem era violenta, direta, onde a retórica comparecia como recurso paródico. Personagens apareciam e desapareciam com rapidez meteórica; com frequência as falas não se articulavam logicamente, ganhando uma poeticidade bem ao gosto moderno".
 (AGUIAR, Flávio Wolff de. Homens precários: inovação e convenção na dramaturgia de Qorpo-Santo.Porto Alegre: A Nação/Instituto Estadual do Livro, 1975., p.24)







Fotos da Oficina Cena Qorposantesca ou Qorpo Patafísico, na Casa de Cultura Mário Quintana. 

Santo Qorpo ou O Louco Da Provincia



Santo Qorpo Ou O Louco da Província
De 06 a 16 de novembro de 2014 | de quinta a domingo | 20h
Local: Teatro do Centro Histórico da Santa Casa
Ingressos: R$30 com meia entrada (R$ 15) para estudantes, idosos e membros da classe artística

Volta a cartaz o espetáculo Santo Qorpo Ou O Louco Da Província, dirigida por Inês Marocco, livremente inspirada no livro Cães da província, de Assis Brasil, na Enciclopédia de Q.S e nas peças teatrais do escritor. O trabalho foi desenvolvido por um grupo de dez atores/atrizes, que evoluiu por mais de 11 meses, até a estreia em junho deste ano. Com dramaturgia inédita a peça conta a história de José Joaquim de Campos Leão - Qorpo Santo (1829-1883), professor da primeira cadeira do magistério da Província de São Pedro do Rio Grande do Sul, poeta, crítico político, inquieto jornalista, vê seu destino fatalmente transformado, por volta de 1860.
Interesse econômico por parte da esposa? 
Ou interesse moral por parte de uma sociedade que não tolera alguém que comente seus erros?

Balé da Cidade de Taubaté

Trata-se de uma peça de livre criação inspirada na vida e obra do dramaturgo e Poeta brasileiro do século XIX José Joaquin de Campos Leão ou Qorpo-Santo, pseudônimo que adotou para elaborar suas peças. Personagem controverso e ainda hoje desconhecido do grande público, reconhecido pelos estudiosos como o precursor do Teatro do Absurdo muitos anos antes desse movimento surgir na Europa. Projeto iniciado como pesquisa de linguagem coreográfica, utiliza como caminho criativo os conceitos e ideais do diretor polonês Jerzy Grotowsky, Teatro Físico e Teatro Pobre, a fim de resgatar e divulgar a obra de um dos personagens mais desconhecidos e controversos de nossa cultura: escritor, poeta e dramaturgo José Joaquim de Campos Leão ou Qorpo-Santo.
Saiba mais clicando no link a seguir:

Ballet da Cidade de Taubaté





Volta em Cartaz em Novembro!!!

‘Hoje Sou Hum; Amanhã Outro’ de Qorpo Santo de volta em cartaz no Teatro de Arena!!
É o primeiro espetáculo do Ubando Grupo, coletivo de atores que surge na cidade com a proposta de uma pesquisa cênica acerca da obra de Qorpo Santo e da estética do 'nonsense'. Com direção de Júlio Saraiva, a montagem independente fará sua quarta temporada de 07 a 23 de novembro, com apresentações sextas, sábados e domingos às 20 horas, no Teatro de Arena.
‘Hoje Sou Hum; Amanhã Outro’, é de autoria de Qorpo Santo, escritor, dramaturgo, poeta, jornalista, professor. Alguns artistas fazem arte, outros fazem objetos artísticos e uns poucos, se tornam eles próprios Arte. Estes são inevitavelmente taxados de loucos. Oque se pode afirmar de Qorpo Santo é que era um inconformista. Reinventou a escrita, escreveu uma enciclopédia, um evangelho e rebatizou-se numa insurreição excêntrica. Loucas certamente ficaram as pessoas da sociedade de sua época. O homem e a obra colocam em cheque as relações sociais, familiares, a política e a moral. Seu teatro escrito há 150 anos ainda é o fato mais extraordinário produzido nas artes cênicas do nosso Estado.
Sinopse: A peça trata sobre as relações de poder e suas tramas. Situada dentro do Palácio de um reino imaginário, enquanto o povo está se matando lá fora. Entre paranoias de conspiração e o ataque de outra nação, tudo muda para não mudar e o poder se perpetuar. O texto tange a farsa e vai da ironia fina ao sarcasmo, revelando sua modernidade e o paralelo inevitável aos dias atuais.
Classificação Etária: 14 anos
Duração: 55 minutos
Serviço
O Que: Espetáculo Teatral ‘Hoje Sou Hum; Amanhã Outro’, Qorpo-Santo.
Quando: de 07 a 23 de novembro, sempre sextas, sábados e domingos.
Horário: 20hs.
Onde: Teatro de Arena – Av. Borges de Medeiros 835 – Altos da Escadaria, Centro Histórico POA. Fone: 51 322602042
Valor: R$ 20,00
Idosos, estudantes, classe artística, promoções e descontos: R$ 10,00
Ingressos no local
Ficha Técnica
Texto: Qorpo Santo
Direção: Júlio Saraiva
Iluminação: Vicente Goulart
Trilha Sonora Original: Gutto Basso
Sonoplastia: Edgar Alves
Elenco: Aline Ferraz, Edgar Alves e Renan Leandro
Fotos: Vilmar Carvalho
Assessoria de Imprensa: Roberta Prestes
Produção: Ubando Grupo
Produção Audiovisual: Haik Khatchirian
http://oraunsoraoutros.wix.com/ubandogrupo
email. oraunsoraoutros@gmail.com

Teaser Ubando Grupo, Teatro de Arena 07 a 23 de Novembro

QS in SP


Crédito: Nossa Senhora da Pauta

Fazendo uma fusão entre teatro e artes plásticas, a peça "As Relações Naturais" chega ao Beco da Vila Madalena, na rua Belmiro Braga, ao lado do Centro Cultural Rio Verde. O espetáculo de rua conta ainda com música ao vivo, sendo apresentado entre os dias 1º de outubro e 26 de novembro, sempre as quartas, às 20h30. A entrada é Catraca Livre.

O espetáculo tem texto de Qorpo Santo (1829-1883) e joga luz nas relações de poder que envolvem família, trabalho, o Estado e indivíduos. Com uma montagem não linear, apresenta cena fragmentadas e reúne imagens violentas, poéticas e bem humoradas. A ideia é ora compor, ora contrastar com o espaço urbano.

A linguagem do espetáculo une tecnologia com precariedade, aproximando o público da realidade da peça por meio de objetos comuns: smartphones, tablets e caixas de som ganham significados e funções inusitadas, a bordo de carrinhos de supermercado. Poemas, cartas e estrofes dos textos de Qorpo Santo são musicados nas vozes dos atores e transmitidos ao espaço cênico com o apoio de objetos tecnológicos e materiais que emitem sons, como colheres, garrafas pets, relógios, alto falante e o próprio corpo do elenco.
ΔS RELΔÇÕES NΔTURΔIS
Estreia dia 1º de outubro, no Beco da Vila Madalena –Rua Belmiro Braga, s/n. (*ao lado do Centro Cultural Rio Verde)

Temporada – Quartas-feiras, às 20h30
Duração – 70 minutos
Lotação – 90 lugares

GRÁTIS – TODA QUARTA ATÉ 26/11

*Dia 19 de novembro não haverá apresentação e sim uma celebração com roda de conversa sobre teatro e show musical.

**Em caso de chuva o espetáculo não será apresentado.

***Não recomendado para menores de 12 anos desacompanhados, por conter cenas de violência.

FICHA TÉCNICA

Texto: Qorpo Santo. Direção: Paula Klein. Elenco: Carolina Portella, Luisa Fischer, Lutz Gallmeister, Marita Prado e Roberson Lima. Assistente de Direção: Fernanda Machado. Preparação Corporal: Duda Moreno. Cenário e Adereços: Jorge Luiz Alves. Direção Musical: Caco Pontes. Sonoplastia e Composições: Lutz Gallmeister. Iluminação: Paula Klein e Marcela Katzin. Foto: Cacá Bernardes. Direção de Arte e Design Gráfico: João Batista Corrêa.

Realização: SΔΝΤΔ CΙΔ

Apoio: Proac - Secretaria Estadual de Cultura, Maria Madalena e ESPAÇO ZÉ PRESIDENTE

Qorpo de Baile



Robson Lima Duarte


"Qorpo de baile" foi um "work in progress" realizado dentro das atividades formativas do 21º Porto Alegre em cena, a partir de fragmentos de textos de Qorpo Santo, tendo como base o Tanztheater alemão. Dirigido pelas diretoras Carlota Albuquerque & Sayonara Pereira, a oficina contemplará as qualidades expressivas do movimento. Estas qualidades podem ter suas matrizes junto aos gestos do cotidiano, na orientação em diferentes direções (planos, extensões, caminhos), em diferentes formas de movimentos no espaço, ou ainda em diversos impulsos e dinâmicas através de exercícios específicos. A partir de fragmentos de textos de Qorpo Santo, seguindo os princípios característicos do Tanztheater alemão, será proposta a montagem de um work in progress com os atores-bailarinos integrantes da oficina. 

Carlota Albuquerque, madrinha este ano do festival, é diretora e coreógrafa da cia Terpsí Teatro de Dança, com o qual recebeu vários prêmios para seus espetáculos, como os açorianos de Melhor Espetáculo (em 1991, 1996, 2003,2006). Entre outros prêmios, em 2010 recebeu do Ministério da Cultura a Ordem do Mérito Cultural pelo conjunto de trabalhos realizados pela sua contribuição à dança no Brasil. Professora da Casa de Teatro de Porto Alegre desde 2010 na disciplina de Preparação Corporal; Educadora Brincante do Teatro Escola de Antônio Nóbrega; Ministrou oficinas e palestras sobre movimento e criação no projeto Descentralização da Cultura - SMC/POA e em universidades como UNICAMP, USP, UERGS-FUNDARTE , além de espaços culturais.

Sayonara Pereira - Professora na Escola de Comunicações e Artes do Departamento de Artes Cênicas e Vice-Coordenadora do Programa de Pós-Graduação em Artes Cênicas da Universidade de São Paulo, onde também dirige o LAPETT – Laboratório de Pesquisa e Estudos em Tanz Theatralidades . Pós-Doutora em Artes-Dança (2009),e Doutora em Artes-Dança pela UNICAMP/2007. Realizou seus estudos em dança no Brasil, USA e Alemanha. Na Alemanha, especializou-se na Folkwang Hochschule-Essen (1985), licenciou-se em Pedagogia da Dança na Hochschule für Musik-Tanz Köln (Colônia-2003). Na cidade de Essen (Alemanha) fixou residência de 1985 a 2004, trabalhando com vários artistas e dançando suas próprias produções como coreógrafa independente. Autora do livro Rastros do Tanztheater no Processo Criativo de ES-BOÇO (2010) e editora da Revista Sala Preta do Programa de Pós-Graduação em Artes Cênicas da USP

Qorpo de Baile!

foto: Robson Lima Duarte
O Ubando esteve presente no work in progess 'Qorpo de Baile' realizado na programação das Atividades Formativas do Poa Em Cena pelas mestras Carlota Albuquerque e Sayô Pereira, numa deriva inspirada em Qorpo -Santo e embevecida no Tanztheater. Muito enriquecedora e estimulante vivência donde saímos muito energizados e cheios de ideias!!!

Cena Qorposantesca ou Qorpo Patafísico




Oficina aberta a todos interessados maiores de 14 anos.
Duração: Inicio 01 de outubro até 17 de dezembro
Todas as quartas-feiras das 19h às 22hs
Local: Sala Cecy Frank 4° andar ala leste CCMQ Rua da Praia 736.
Inscrições até 26 de setembro – Enviar nome completo e carta de intenção
Divulgação dos selecionados no site da CCMQ no dia 29 de setembro.
Inscrição pelo e-mail: oficinasccmq@gmail.com

Cena Qorposantesca ou Qorpo Patafísico

Os ventos levem
Ao mundo inteiro,
– Versos que saem
Do meu tinteiro!

As brisas tragam
Para o meu tinteiro,
– Versos que correm
No mundo inteiro!

Oficina aberta a todos interessados maiores de 14 anos.
Duração: Inicio 01 de outubro até 17 de dezembro
Todas as quartas-feiras das 19h às 22hs
Local: Sala Cecy Frank 4° andar ala leste CCMQ Rua da Praia 736.
Inscrições até 26 de setembro – Enviar nome completo e carta de intenção
Divulgação dos selecionados no site da CCMQ no dia 29 de setembro.
Inscrição pelo e-mail: oficinasccmq@gmail.com

Cena Qorposantesca ou Qorpo Patafísico


                      Ubando Grupo realiza a Oficina                       

        ‘ CENA QORPOSANTESCA OU QORPO PATAFÍSICO’.
A Obra miscelânica e caleidoscópica de Qorpo-Santo segue sendo um desafio aos encenadores e ainda provoca muita discussão o que demonstra sua importância e sua modernidade, expondo questões que permanecem pertinentes e atuais. Sua narrativa não-linear, ora ilógica, ora irracional, o ambiente caótico e as características extra cotidianas de sua verve literária emana variadas referências estéticas tornando-se assim um terreno fértil de investigação ao processo criativo do ator. A oficina propõe uma aproximação ao processo de criação a partir de textos de Qorpo-Santo. Experenciar as linguagens latentes nas escrituras do dramaturgo gaúcho na busca de um teatro físico e um qorpo absurdo, surrealista e grotesco, explorando diversas formas de possibilidades na construção narrativa. A Oficina será conduzida por Renan Leandro, que tem 17 anos de experiência como ator e 08 anos de experiência como Arte Educador de Teatro no bairro Restinga, pesquisador de confecção de máscaras, bonecos e elementos de cena desde 1995,e pintor muralista desde2004. Atualmente colabora com o grupo TIA de Canoas e do Ubando Grupo, no qual é um dos fundadores e que surge com propósito de pesquisa do trabalho do ator e de linguagem teatral.
Oficina aberta a todos interessados maiores de 14 anos.
Duração: Inicio 01 de outubro até 17 de dezembro
Todas as quartas-feiras das 19h às 22hs
Local: Sala Cecy Frank 4° andar ala leste CCMQ Rua da Praia 736.
Inscrições até 26 de setembro – Enviar nome completo e carta de intenção
Divulgação dos selecionados no site da CCMQ no dia 29 de setembro.
Inscrição pelo e-mail: oficinasccmq@gmail.com

Outras informações em www.putadiabo.blogspot.com

Verdade na Loucura!

Terceiro e último dia do Seminário Qorpo-Santo Verdade na Loucura, contando com a presença de encenadores gaúchos que encararam o desafio de montar o Qorpo-Santo, e estes falaram de suas experiências, importante resgate do imaginário da cena porto-alegrense. Agradecemos a Coordenação de Atividades Formativas do POA Em Cena por ter proporcionado esta necessária discussão reunindo algumas das principais figuras envolvidas com a obra miscelânica caleidoscópica rizomática e indescritível de Qorpo Santo!